quarta-feira, 6 de julho de 2011

HORAS PERDIDAS

Malas por desfazer, quarto e atual dona bagunçados. Num dos cantos, sapatos, no outro, livros. Sobre a cama, uma cabeça voando longe e um coração que tem trocado, sem escolha própria, o dia pela noite. No aparelho televisor, apenas uma fonte de luz; no telefone, números de amigos mergulhados da cabeça aos pés em suas próprias rotinas efêmeras, mas não sem importância; no celular, mensagens com tamanho muito aquém daquilo que pretende ser dito. Assim se resume o ambiente.

Quando escurece, a distância fica ainda maior e nada nem ninguém dá conta de suprir aquilo que falta. Nada entra e o que sai, motivado pelo desconforto do que encontra lá fora, logo quer voltar. E assim se perdem as horas, sem coerência e à espera de um propósito.

P.S.: "Deslocada, estranha e aqui presente".

Um comentário:

  1. Fico impressionada com a fluidez com que consegue transformar seus pensamentos em textos. Frases simples, subjetivas, sem a rigidez e a burocracia de um lead.
    Você é demais! Tô aqui torcendo pra que tudo fique bem. E arrume logo esse armário, oras!! A Bagunceira sou eu, vice? rrrssss

    Beijos

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