quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PAZ SAGEM

Dar e receber respeitando as diferenças
"Se alguém quiser servir a paz
Amar o bem, fazer feliz
E acender no mundo a mansidão
Terá que começar dentro da pele
Com o pé no chão...
E transformar a realidade em sonho
E conhecer o seu real tamanho
E prosseguir em busca do seu Sol
Que quem nasceu da luz
Não tem medo do escuro
Fazer o céu no próprio coração
Saber perder, saber pedir perdão
E conhecer a música do amor
 


E seja como for
Olhar além dos muros
E descobrir o dom de ser humano
E se abrir, crescer com os desenganos
Querer a paz é mais do que dizer
É mais que parecer
A paz não é o futuro
É um jeito de ser...
E conhecer a música do amor
E seja como for
Olhar além dos muros
E descobrir o dom de ser humano
E se abrir, crescer com os desenganos
Querer a paz é mais do que dizer
É mais que parecer
A paz não é o futuro
É um jeito de ser..."

(Plínio Oliveira)

 P.S.:  Esse vai ser o primeiro dos meus vinte e cinco anos que não vou fazer a passagem de um ano para outro vestida de branco, mas o que mais desejo para mim, para todos os meus queridos e para quem precisa, é a paz de espírito. Com ela é possível viver um dia de cada vez e com sabedoria.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

EU RE-CICLO, TU RE-CICLAS, ELE RE-CICLA


Contei a um amigo muito querido de Ribeirão Preto (a quem devo visita, pra variar) que não gosto muito do Reveillon por conta dos hábitos que estão ligados a data, os quais aprendemos ainda na infância. Não me refiro às simpatia ou superstições, até porque respeito todas elas, apesar de nunca ter usado calcinha roxa, azul, vermelha e muito menos ter guardado caroços de romã ou pulado ondas do mar. O que causa incômodo é que quando o início de um ano começa a se aproximar sempre somos questionados de quais são as nossas metas para o próximo. Não gosto de ter data marcada ou pretexto para fazer um belo balanço do que fiz ou deixei de fazer e muito menos do que preciso ou pretendo colocar em prática ou mudar. Gosto de mudar sempre. 

Não preciso nem quero esperar a semana passar para colocar a mão na massa. No ano que se despede passei por diversas mudanças e, apesar das dificuldades, todas foram positivas. Em 2012 quero continuar alterando o que preciso sem que isso esteja em uma lista traçada na última semana de 2011. Sei que vou continuar com a terapia ocupacional (shiatsu para o corpo e auriculoterapia são fenomenais para que a carcaça e a mente estejam mais próximos do equilíbrio). Também irei continuar praticando atividade física para compensar a cervejinha gelada e não abro mão de ir a shows e cantarolar MPB enquanto os músicos olham agradecidos por ver o retorno de alguém que eles sequer conhecem. Também quero continuar tentando me livrar das mágoas e ter rotinas, que de rotina tenham somente o nome. 

E os amigos, ah, quero continuar cuidando de cada um deles de perto, mesmo que fisicamente alguns estejam distantes. Também não abro mão de trabalhar de bom humor diariamente e continuar ignorando quem anda sempre de mal com a vida. Quero continuar tendo o dom de agradar as crianças que me olham como se eu fosse uma tia que dá dinheiro para a compra de chicletes (não faço isso, só para constar).

Claro que devo acrescentar muito mais a tudo isso, mas não importa quando vai ser. Não vale devorar a geladeira toda no domingo só porque no dia seguinte você pretende começar uma dieta. O que muda é que você estará acrescentando ainda mais quilos para serem eliminados.

Deixemos os milagres para Jesus. Somos os braços de Deus e precisamos fazer a nossa parte. Todo recomeço traz amadurecimento e leveza. E toda mudança começa por dentro e por meio das nossas escolhas.

Que o ano de cada um de vocês comece com o pé direito e que não falte vontade de fazer a diferença boa nas nossas vidas e nas alheias também.

P.S.: "Hey, mãe já não esquento a cabeça. Durante muito tempo era só o que eu podia fazer."

domingo, 18 de dezembro de 2011

É PRECISO SABER VIVER

Depois de um fim de semana com a programação composta por diversão, imprevisto, ousadia,  muito carinho de criança, família e, ao contrário  de tudo isso, baixo astral chegado por motivo específico enquanto o Fantástico anunciava a chegada de mais uma segunda-feira; decidi que é hora de pegar o controle remoto nas mãos e mudar de canal.

Afinal de contas, quem escolhe assistir "Programa do Gugu" já sabe que deve esperar como resultado o  tédio, do mesmo modo que quem opta por ver os canais adultos prevê que vai ficar excitado. Eu quero canais que não vão tirar a minha paz e a minha tranquilidade conquistadas bravamente.

P.S.: Determinação interna: simplificar sempre. "Num domingo qualquer, qualquer hora. Ventania em qualquer direção. Sei que nada será como antes, amanhã."

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

MEU AMIGO SECRETO É...

Pois é, meus caros, chegou a bendita época dos amigos secretos. Só de ouvir falar no nome dessa brincadeira já começo a sentir coceira. Sejamos sinceros, vai. Quem é que saiu satisfeito e feliz em pelo menos 20% das vezes que participou de um deles? A ideia, quando usada entre familiares, ainda é aceitável, já que todo mundo recebe presente e você evita filas e gastos na véspera do Natal para garantir a lembrancinha para todos os parentes.

Quando sou convidada para participar de um amigo secreto entre colegas de trabalho, consigo até elencar dentro da minha cabeça uma vasta lista com motivos para recusar o convite. Resolvi dividí-las aqui no blog, já que você deve concordar com ao menos uma delas:

1 - O nome do amigo secreto que cai na nossa mão, na maioria das vezes, é a pessoa com quem trocamos no máximo cumprimentos cordiais de bom dia, boa tarde ou boa noite. A situação ainda pode piorar quando o seu santo não bate com o do "amiguinho" em questão;

2 - Se você não conhece o mínimo do bendito colega, como vai ser capaz de acertar na escolha do presente?

3 - O termo "secreto" passou a ser meramente decorativo,  porque logo depois do sorteio todos começam as tentativas de adivinhar quem o colega ao lado tirou (até conseguir, é claro);

4 - Com o passar do tempo o jeitinho brasileiro passou a ser usado até na tal brincadeira. Os papéis com os nomes acabam, algumas vezes, sendo trocados logo após o sorteio;

5 - É desanimador queimar a cuca para pensar num presente que agrade, usar o horário do almoço para a compra e sempre achar produtos com preços mais caros que o estipulado entre o grupo;

6 - Na hora da entrega do presente é chato pensar em características que descrevam o colega sem ter que mentir e ao mesmo tempo tentando evitar que ele seja motivo de sarro para os colegas;

7 - O presente que recebemos dificilmente irá arrancar um sorriso sincero do seu rosto, apesar daquilo que foi citado no ítem cinco;

8 - Sempre tem alguém que, por conta de um imprevisto, acaba faltando na festa de entrega e um coitado fica sem o tão precioso presente;

9 - E tem aquele sortudo que poderia até jogar na Mega Sena, é o que tira o chefe no sorteio. Ah, esse vai gastar boa parte do décimo terceiro no presente;

10 - Como se tudo isso não fosse ruim o suficiente, ainda inventaram a versão sacaninha, o inimigo secreto, no qual você participa e gasta dinheiro para ser satirizado com presentes inconvientes.

Agora vai dizer que nada disso aconteceu com você?

P.S.: Ter como aconchego um sorriso amigo, que acrescenta, divide, se deixa fazer sorrir e faz rir é um dos motivos que faz os aprendizados da vida valerem a pena. Desse jeito é facil andar paralelamente com otimismo e bom humor. Enquanto todo mundo espera pela sexta, eu tento aproveitar a semana inteira do meu jeitinho, dia após dia!!!

domingo, 11 de dezembro de 2011

RELACIONAMENTO COM O MUNDO


Ela estava ali deitada e, apesar do avançado da hora, se encontrava mais pensativa que sonolenta. Não seria novidade, já que dormir cedo nunca foi um hábito durante quase todos os seus vinte e tantos anos. Mas os pensamentos eram o que a incomodava. 

Queria silenciar, calar as ideias e, principalmente as perguntas; em vez disso, refletia sobre duas questões importantes para ela. Por que é que tem sido tão comum encontrar mulheres que não conseguem nascerem mães quando o próprio filho deixa o seu ventre? Onde está o tal do instinto materno? Como olhar para um ser pequenino que traz na face traços semelhantes ao seu e não querer estar o tempo todo presente, assumir as responsabilidades, querer proteger e, além disso ser agraciada com momentos singulares? - perguntava ela.

Ela nem tinha filhos, mas o instinto materno aflorado, resultado do passar dos anos, a tornava ignorante para aceitar mães que se permitem colocar a todo tempo em lugar de importância superior ao que dá a quem representa o seu legado nessa vida.

Quando finalmente desistiu parar de refletir sobre tais questões, começou a pensar quais teriam sido os melhores dias de sua vida. Até sorriu sozinha depois de perceber que um dos melhores dias na época do tempo passado não foi encarado com otimismo. De repente começaram a brotar mais e mais lembranças e percebeu que o saldo da vida até agora tem sido positivo.

Com coração e mente silenciados, entregou-se ao sono, que acabara de chegar. E para você, quais foram os melhores momentos da sua existência? Já parou para pensar? Vale a pena!

P.S.: Confusa.

sábado, 10 de dezembro de 2011

OPINIÃO PRÓPRIA


"Existia um lenhador que acordava às 6 h da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite. Esse lenhador tinha uma linda filhinha Ágatha, de 6 anos e uma raposa, sua amiga, a qual tratava como bicho de estimação e era de sua total confiança.

Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa brincando com sua filhinha. Todas as noites, ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada. Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem e,  portanto, não era confiável. Quando ela sentisse fome, devoraria a criança. O lenhador, sempre retrucando com os vizinhos, falava que isso era uma grande bobagem, que a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam:
- Lenhador, abra os olhos! A raposa vai devorar sua filhinha.  Quando sentir fome comerá sua filhinha!

Um dia o lenhador, muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários, ao chegar em casa, viu a raposa abanando a cauda, feliz como sempre, e com a boca totalmente ensanguentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, acertou o machado na cabeça da raposa.

Ao entrar no quarto, desesperado, encontrou sua filhinha no berço, dormindo tranquilamente, e ao lado do berço uma cobra gigante, morta. O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.  E chorou.  Chorou . Chorou muito.


MORAL DA HISTÓRIA:
Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensam e dizem a respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar, mas principalmente nunca tome decisões precipitadas. A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.  Quem vai pela cabeça dos outros é piolho."

P.S.: Tempestade+tempo+aprendizagem = bonança!!!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PÁGINA


Uma cama enorme abriga dois corpos que, de tão próximos, ambos os ouvidos podem escutar os corações pulsarem em ritmo acelerado e constante. Nada além do bombear do sangue pelo órgão dos apaixonados emite som. 

A claridade vem apenas da tela do televisor, onde um filme, tão doce quanto xarope para criança, roda sem espectadores. O relógio na parede passa a ter função meramente decorativa, já que, agora, ninguém tem a preocupação de observá-lo. 

Ela gosta que os dedos dele deslizem entre os fios do seu cabelo colorido e ele relaxa enquanto ela percorre suas costas largas levemente com as unhas. As mentes se calam feito poltronas em dia de domingo. 

Cansada de virar páginas ela resolve deixar o livro marcado ali, porque pode ser que logo não haja mais folhas a serem passadas. Claro, pensa ela, todos os livros tem fim. E ele? Resolve fazer daquilo uma coleção inteira, repleta de páginas com cenas que só podem serem armazenadas na memória do coração.

P.S.: Em dias ruins a borboleta não pode mais voltar a buscar proteção em seu casulo. Que amanhã tudo seja melhor.

domingo, 4 de dezembro de 2011

DÚVIDAS, NOSSAS COMPANHEIRAS

Diversão de domingo no sítio
Logo na infância começamos a vida cercados de dúvidas, de incertezas e da necessidade de respostas para decifrar aquilo que nos cerca.

Quando criança, cheguei a ser apelidada como "menina do piolho". Aqui em Araçatuba o termo significa alguém persistente, curioso. Eu era cheia dos pontos de interrogação. Queria saber a serventia de tudo, adorava ouvir a conversa dos adultos, ainda mais de fossem bem mais velhos e tivessem histórias de vida para contar.

Já na adolescência, as dúvidas que chegam são as do autoconhecimento. Quem sou eu? Qual profissão devo escolher? Como é o primeiro beijo? Como decido meu voto político? Será que vou passar no exame de habilitação? Por que amar dói? Preciso mesmo aprender Química?

No momento que a fase adulta chega e imaginamos que os questionamentos vão passar, eles apenas passam a ser outros, mas não nos abandonam. Apesar disso, certas das respostas chegam, geralmente em algum momento fulgaz ou doloroso e nós podemos usá-las com otimismo ou pessimismo. Acabamos percebendo que, com o passar dos anos, elas norteiam para onde vamos e moldam quem somos.

Chega uma fase na qual percebemos que a capacidade de conviver com as dúvidas determinam o nosso grau de evolução e intelectualidade. Chegamos a conclusão de que nem tudo precisa ter ou tem resposta e, além disso, nem sempre estamos preparados para enxergá-las ou compreendê-las. Aceitar isso é viver em paz.

P.S.: Ouvindo a trilha do filme Central do Brasil, matando a saudade do piano e viajando por caminhos aos quais permiti que pouquíssimas pessoas estivessem comigo. Venha, segunda-feira. Não se demore porque 2012 tem pressa em chegar.