domingo, 11 de dezembro de 2011

RELACIONAMENTO COM O MUNDO


Ela estava ali deitada e, apesar do avançado da hora, se encontrava mais pensativa que sonolenta. Não seria novidade, já que dormir cedo nunca foi um hábito durante quase todos os seus vinte e tantos anos. Mas os pensamentos eram o que a incomodava. 

Queria silenciar, calar as ideias e, principalmente as perguntas; em vez disso, refletia sobre duas questões importantes para ela. Por que é que tem sido tão comum encontrar mulheres que não conseguem nascerem mães quando o próprio filho deixa o seu ventre? Onde está o tal do instinto materno? Como olhar para um ser pequenino que traz na face traços semelhantes ao seu e não querer estar o tempo todo presente, assumir as responsabilidades, querer proteger e, além disso ser agraciada com momentos singulares? - perguntava ela.

Ela nem tinha filhos, mas o instinto materno aflorado, resultado do passar dos anos, a tornava ignorante para aceitar mães que se permitem colocar a todo tempo em lugar de importância superior ao que dá a quem representa o seu legado nessa vida.

Quando finalmente desistiu parar de refletir sobre tais questões, começou a pensar quais teriam sido os melhores dias de sua vida. Até sorriu sozinha depois de perceber que um dos melhores dias na época do tempo passado não foi encarado com otimismo. De repente começaram a brotar mais e mais lembranças e percebeu que o saldo da vida até agora tem sido positivo.

Com coração e mente silenciados, entregou-se ao sono, que acabara de chegar. E para você, quais foram os melhores momentos da sua existência? Já parou para pensar? Vale a pena!

P.S.: Confusa.

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