quinta-feira, 28 de abril de 2011

SONHO BOM

Ai, saudade. Saudade de quando eu era criança e achava que bronquite era o pior problema do mundo e que passar o fim de semana no sítio era o melhor de todos os programas. Pular elástico era um passatempo impagável, passar as férias aprendendo a recolher ovos de galinha, andar com a minha bicicleta rosa enquanto meu avô me vigiava, então, felicidade pura. Levar chinelada no bumbum e ter prova de matemática, eram os piores pesadelos. 

Se eu sequer imaginasse os reais pesadelos que viriam pela frente, com certeza entenderia que, na época, estava em meio ao sonho perfeito.

A bom é pensar que todo mundo acorda dos pesadelos ora ou outra. Enquanto o despertador não toca, alguém me chacoalhe peloamordedeus!



P.S.: Minha Nossa Senhora da Bicicletinha, dai-me equilíbrio.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

DILÚVIO

Depois de uma segunda-feira de trabalho com pepino suficiente pra curar as olheiras durante o ano inteiro, o que eu não imaginava, sequer de longe, era  que ficaríamos presos no trânsito no meio de uma enchente. 

Chuva forte e contínua, carros na contramão, nível da água subindo sem trégua. Desesperador. Em três horas choveu a quantidade esperada para 40 dias em algumas regiões do Rio de Janeiro. Resultado, deslizamentos, famílias desabrigadas, bairros inteiros sem energia elétrica e o nosso carro sem o parachoque.

O pior é que a previsão é de que a chuva continue até o fim da semana. Que São Pedro tenha piedade e Noé prepare a arca.

P.S.:  "Todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou".

domingo, 24 de abril de 2011

QUEM SOMOS

Somos frutos da nossa infância, de uma escolha determinante durante a adolescência ou de um conselho bem usado? Quem somos? 

Somos resultado de frustrações superadas e de conquistas alcançadas? Somos parte dos livros que lemos, das pessoas que ajudamos, dos amores bem vividos ou das saudades bem guardadas? 

Somos a impotência de não ter conseguido, a fé que vacila ou a mágoa que persiste? Somos tanto, somos nada, somos singulares e tudo isso na mesma vida. O que realmente me preocupa é a dúvida de quem seremos.

Eu queria era mesmo poder editar quem sou. Encurtar fracassos, alongar alegrias e eliminar tristezas; mas esta não seria eu.

O jeito é entender que Deus nos dá aquilo que precisamos e no momento que precisamos.

P.S.: Desistindo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

TOCANDO EM FRENTE

"Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe
Eu só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Sinto que seguir a vida
Seja simplesmente
Conhecer a marcha
E ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora

Cada um de nós compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
De ser feliz"

(Almir Sater e Renato Teixeira)

P.S.: Até quando?

terça-feira, 19 de abril de 2011

DESCOMPASSO

Quando andamos fora de compasso com a vida, o que é preciso fazer? Na maioria das vezes o corpo até segue acelerado, no ritmo exigido pelas nossas rotinas; mas o coração e a mente nem sempre conseguem acompanhar a mesma velocidade. Com tanto descompasso não é fácil manter o equilíbrio, o bom humor, a força de vontade, a tolerância e o otimismo. Ah, sem otimismo tudo aquilo que é difícil fica quase impossível. 

Como entrar em concordância com a passada da vida? Estou tentando descobrir.

P.S.: O poste anda fazendo xixi no cachorro por aqui.

domingo, 17 de abril de 2011

PÃO, PÃO, PÃO, PÃÃÃO

Tantas saudades morando aqui dentro que o peito acaba ficando pequeno.

Hoje senti falta dos pães caseiros feitos pelas mulheres da minha família lá na Terrinha do boi gordo. O primeiro pão caseiro que conheci foi o da vó Maria. Ela morava pertinho da gente e mandava, ao menos uma vez por semana, o pão enorme e quentinho, enrolado com carinho num guardanapo de pano.

Depois teve o pão da Yoyo, minha avó materna. Ela deixava que eu participasse de todo o processo de fabricação. Eu literalmente colocava a mão na massa e depois esperava ansiosamente o pedacinho de massa colocado no copo com água boiar. Essa era a indicação de que o pão estava pronto para assar.

Tem também o pão da minha mãe. Feito à moda antiga com cilindro para que a massa fique levinha. Quando o pãozinho sai do forno, é só passar manteiga e vê-la derreter.

O jeito é me contententar com o pãozinho da padaria mesmo.

P.S.: "Ando devagar porque já tive pressa, levo esse sorriso porque já chorei demais".

quarta-feira, 13 de abril de 2011

MAGRELO PRA QUE TE QUERO?

"Meninas de todo o Brasil, tenho um conselho valioso para dar aqui: se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome os seus filhos, pare agora e me escute! Na próxima vez que encontrá-lo, tente (disfarçadamente) descobrir como é sua barriga. Se for musculosa, torneada, estilo "tanquinho", fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.

Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chope. Se não, não presta. Veja bem, não estou falando daqueles gordos suados, que sentam horas na frente da televisão com um balde de frango frito e que, quando se abaixam, mostram um cofre peludo.

Não! Estou me referindo àqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo (como fazem os malditos metrossexuais), acabaram cultivando uma pancinha adorável. Esses, sim, são pra manter por perto. E eu digo por quê. 

Quando sentam em um boteco, numa tarde de calor, adivinha o que os pançudos pedem pra beber? Cerveja! Ou Coca-cola, tudo bem também. Mas você nunca os verá pedindo suco ou coca-light. Ou, pior ainda, um copo com gelo pra beber a mistura patética de vodka com "clight" que trouxe de casa... E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam com essa informação.

E no quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar. Você nunca irá ouvir um "ah, amor, 'Quarteirão' é gostoso, mas você podia provar uma 'McSalad' com água de coco". Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar.

Mais uma vez, repito: não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia! Mas uma gordurinha aqui e ali não matará seu relacionamento.

Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga... Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.

Outra coisa fundamental: homens barrigudinhos são confortáveis! Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível! Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.

Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo. Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar, a ser bem-humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar. É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz".

(Autoria desconhecida)

P.S.: Quarta-feira é sempre melhor que segunda. Graças a Deus!

terça-feira, 12 de abril de 2011

DEPENDE DE MIM

"Hoje levantei cedo pensando no que tenho que fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. 

Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto para morar. 

Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saírem como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende de mim." 

(Charles Chaplin)

P.S.: Fechada no casulinho, enquanto procuro o lado bom do inevitável.

domingo, 10 de abril de 2011

BICHO PAPÃO DA TRANSFORMAÇÃO

O clichê de que é preciso deixar o passado no passado vive martelando em meus miolos. Sei que não é diferente com você. Seja quando mais e mais responsabilidades batem à porta nos fazendo perceber o peso do amadurecimento ou quando um amigo vai morar longe e sai das nossas rotinas, por exemplo. A crise de virar a página e seguir é mesmo inevitável. Muita coisa que ficou para trás acaba parecendo mais bonita hoje.

Ontem, durante um passeio de carro, comecei a observar os grupos de amigos e casais que procuram diversão na noite carioca. Lembrei-me da minha época de estudante universitária. Eram tantos amigos, tantas ocupações, tantas atividades que faziam o dia parecer pequeno. Senti saudade daquela rotina e até pensei que queria tê-la de volta.
Mas é fato que não é possível estar ao mesmo tempo no presente e no passado.

É preciso deixar que as fases tenham começo e fim. Penso que seja saudável ter saudade positiva de uma época que se foi, mas que também seja bom abrir espaço para que novas lembranças cheguem ao nosso coração. Se não estão chegando talvez seja porque estejamos perdendo tempo demais olhando para o que ficou.

Quando bate aquela saudade apertada de quem eu era percebo que não há como voltar a ser aquela. Isso porque toda a bagagem que a vida traz transforma mesmo a gente. Não sei se isso é totalmente bom, mas não há dúvidas de que é saudável; já que vivemos em busca da evolução. Hora de encerrar o capítulo antigo e começar um novo.
Vamos tentando.

P.S.: Em tão pouco tempo no Rio, presenciei muito mais tragédias do que poderia imaginar. Não consigo escrever sobre a chacina, mas sei que Deus vai trazer conforto a tantos corações mergulhados em tristeza.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

CALMARIA

Calma. Taí coisinha difícil de alcançar, não é mesmo? Nem tudo na vida é como a gente quer e, em geral, quando não temos controle do que entra ou sai das nossas rotinas, não é fácil manter-se tranqüilo. 

Faz parte do jogo esperar, ficar no banco de reservas, quando necessário. Assim como faz parte passar a bola ou faz parte mudar de estratégia.  Sem calma o jogador não raciocina e, até mesmo com muito treino; sem paciência, corre o risco de errar feio.

Hora de puxar o freio de mão e ESPERAR.

P.S.: Minha amiga intuição resolveu incomodar mais que cutícula levantada. Sabe ser desagradável essa bichinha!