Teve aquele que me ensinou a gostar de vídeo game, o que compôs música
sobre mim, outro me levou pra conhecer o mar. Um deles me convenceu que
mudar era bom, inclusive de cidades; e teve também quem me ajudou a ser
uma mulher mais tolerante e carinhosa.
Os
percalços, desajustes e as feridas resumiram-se em cicatrizes. As
marcas não dóem mais, mas estão ali e gosto de pensar nelas como
aprendizagem (algumas necessárias, outras nem tanto), porém, penso que
ninguém evolua sem lições e, por isso, agradeço a cada uma delas.
Deve
ter suas vantagens encontrar o amor derradeiro logo de cara, mas é
impossível não enxergar a beleza que mora nas tentativas. Sem elas, quem
eu seria? Talvez não veria tanta graça em viajar sozinha, também não
gostaria de pescar e nem saberia como é ser madrasta. Ainda seria aquela
caipirinha do interior, teria continuado sem músicas sertanejas no meu
repertório, o currículo profissional seria menor e a bagagem pessoal
seria bastante diferente, claro.
Não
condeno quem não saiba ficar sozinho e também não julgo quem faz da
vida uma eterna procura. Afinal de contas, viver também é aprender com
erros e acertos, não é mesmo?
P.S.: "Na calma tudo se ajeita, tudo se encontra, inclusive a gente."
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