sábado, 26 de maio de 2012

PROPOSITANDO

E no braço carrego, simbolicamente na pulseira, os dez mandamentos
Pense que antes de nascer, nossos pais são cuidadosamente preparados para nos receber e que, crescendo, nós temos a sorte de ter todas as pessoas que cruzam nossos caminhos selecionadas de forma calculada. Não escrevi errado, não; penso que sejam todas as pessoas mesmo. Porque até aqueles que achamos que não cumpriram ou cumprem papel algum, tem motivo por ali estarem. 

Afinal de contas, sem aquele ex namorado folgado não teríamos amadurecido e entendido que para agir com bondade não é preciso prejudicar a si mesmo. Sem o colega de trabalho reclamão não desenvolveríamos a tolerância. Sem a professora rígida talvez teríamos menos comprometimento com a vida e se não fosse aquele acidente de percurso pode ser que não tivéssemos conhecido aquele nosso amigo pra todas as horas.
Quanto mais dificuldades enfretamos, mais orgulho dá no momento de fazer aquele balanço pessoal. Se a infância foi difícil e, apesar disso você tornou-se um adulto descente, capaz de crescer longe daquilo que poderia  ter-lhe marginalizado é uma vitória particular. Não é mesmo? Se foi abandonado pelos pais biológicos, mas acolhido por pessoas de enorme coração é porque você tem algo bastante especial. Se o marido foi ausente e, mesmo assim você criou o filho que agora lhe orgulha é porque és muito capaz e o mérito é seu. Estou errada? 

E hoje, quando percebo as peças se encaixando como se tudo fosse uma deliciosa coincidência, fico agradecida pelos percalços e também pelos merecimentos que surgiram e que vão continuar surgindo no caminho. Porque sem eles, eu não seria quem sou.

P.S.: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você". - Jean Paul Sartre

Um comentário:

  1. Uma excelente reflexão, Lu. Tudo, mas tudo mesmo, tem uma razão de ser. Já me lamentei muito,mas hj me sinto vitoriosa.

    Um abraço!

    ResponderExcluir