terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ENSEJO À LUZ

A melodia lounge que agora faz companhia à ela no quarto desperta o sabor imaginário de um vinho especial, daqueles escolhidos para deixar a pequena adega em caso de singular significado. Ela enche os pulmões de ar e tem a sensação de que até consegue sentir o cheiro amadeirado da bebida enquanto a brisa gelada trazida pela chuva entra através da janela semiaberta.

Dentro da mente sinestésica, um compêndio de novos conceitos se contorce feito doente com cólica de rim ou igual à mulher que vai parir. Duas ideias não ocupam o mesmo espaço, tal como ocorre com os corpos da teoria de Newton, questiona ela em silêncio? Quando nota o tardar da noite, desliga o som, preenche mecanicamente mais uma vez o peito de ar e cochila rapidamente; calando sobre o travesseiro todo o emaranhado e resquício de vivências que estão por vir.

P.S.: É preciso ser humilde para entender que todos estamos na condição de alunos Daquele que nos permite aprender, errar e fazer escolhas todos os dias.

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