quinta-feira, 3 de julho de 2014

THE END, ZEFINÍ, FIM


Parece mesmo fase da lua. "Nunca na história deste país" vimos tantos relacionamentos amorosos chegando ao fim numa mesma época. E tenho ouvido isso lá em casa, no vizinho, no amigo, no amigo do amigo...

E é nessa hora que a gente consegue observar que cada um tem jeito diferente de reagir. Eu, por exemplo, fico triste e levo um tempo para deixar de passar por aquela fase do "tudo lembra ele". Penso que se a relação foi importante fica o desafio de retomar a rotina com a ausência (mesmo que consentida) do outro. 
 
Há quem prefira embarcar num relacionamento rebote. Respeito, mas prefiro o luto temporário e a readaptação. Acredito que se engatamos um novo envolvimento amoroso logo em seguida, não só o coração, mas também a cabeça ficam confusos. 

Certa vez li em algum lugar por aí que os sentimentos (que são diferentes das emoções) não são genéricos e que se aplicam a uma pessoa de cada vez. Cada detalhe é único e não dá pra substituir o João pelo Zé a curto prazo. Isso porque você e o outro tem peculiaridades, manias, um jeitinho específico e, por isso, no fim das contas, acabam surgindo comparações e corre-se o risco de machucar ao outro e a si. O que era para servir de consolo acaba virando um adiamento da perda. Ainda não vi histórias assim darem certo, mas vai que cola, não é?

Tem ainda quem prefira fugir da fossa caindo na curtição. Penso que até dê para ocupar a mente, se divertir, mas de forma efêmera. E depois que os amigos ou o paquera vão embora? E quando a música silencia? E na hora de passar em frente ao lugar que era o preferido do casal? Como ficam as lembranças?

Na verdade mesmo, apesar das peculiaridades, acho que o que todo mundo procura é curar o passado e ganhar uma nova chance de começar do zero. E, pra mim, é só o que vale: a capacidade de recomeçar.

P.S.: "Velhos caminhos não abrirão novas portas."

5 comentários:

  1. Lindo! Bravo! Palmas! Senti vc aqui, em cada palavrinha, aliás, tudo muito bem colocado. Nesse ponto, minha querida, somos idênticos. Eu estou agora na fase da curtição, porém moderada, mas porque já faz algum tempo que estou solteiro. Estou amando esse período. Mas tive meu luto e não aceitem tampar buracos com outras pessoas. Me recuso.
    De fato, este é o ano das separações. Comentei isso com o Leandro outro dia. São novos ciclos começando. E os antigos ficando definitivamente para trás. Não adianta insistir em histórias que já terminaram, em relacionamentos truncados. O mundo está girando diferente, com outra energia, mais rápido. Não existe mais carma. E sim causa e efeito. As relações amorosas fazem parte desta nova ordem. Ou vai, ou racha. Simples assim.
    Orgulhoso de você e dessa sua capacidade de autoanálise. Este é o caminho para a felicidade. Torço por você, Lu! Sempre! Bjos com muito amor e luz!

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    1. Ro, obrigada pela torcida de sempre, gatinho. Faz toda a diferença positiva. Beijo grandão!

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  2. VC e seu maravilhoso dom de levar sensatez as pessoas! Muito amor e carinho a VC... sinta-se abraçada fortemente.... Beijos

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    1. Sarita, obrigada pelas visitas por aqui. Fico super contente a cada demonstração sua sobre os textos. Beijo, Ogrinha!

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  3. oi lu boa noite... passei por aqui para te agradecer pela visita e pelo comentario deixando em meu blog pereirapensante aa um mes atras. bjus e boa sorte...

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