Foto: Lucélia Zani |
Certa vez, durante uma fase muito difícil, ouvi (sem pedir ou esperar) de alguém experiente que devemos ser responsáveis pelo resultado dos nossos atos. De certa forma, acabei tomando aquilo como uma verdade lógica e necessária. Hoje, muitos anos depois, respeito o conselho entregue, mas entendo a vida de outra forma.
Podemos tomar como exemplo situações acidentais. Um dia, quando pequena, tranquei meu irmão para o lado de fora de casa e ele, ainda menor que eu, bateu com força na porta de vidro, na tentativa de entrar. Ele acabou machucando o braço e, por anos, uma cicatriz permaneceu em uma das mãos dele. Não sei se ele ainda lembra-se desse episódio e, se sim, até que ponto isso gerou algum tipo de interferência. Claro, que é um exemplo simples, mas suficiente para perceber o quanto fatores externos e outras pessoas (um motorista embriagado, talvez) pode causar máculas em nosso dia a dia.
Toda essa firula é apenas para conseguir tocar levemente o objetivo do desabafo de hoje, a importância e a responsabilidade da paternidade e da maternidade. Todos nós nascemos incompletos e necessitamos de cuidados, principalmente durante a infância. Penso que os primeiros anos sejam cruciais para definir a nossa base e, por isso, os pais são figuras tão singulares para cada um de nós. Uma mãe que quebra a relação de afeto e diálogo com o filho desde muito cedo talvez jamais consiga imaginar os reflexos de tal atitude. Buracos deixados no passado podem levar uma vida toda para serem preenchidos ou pacificados no futuro.
Sejamos pais com mais acertos que erros. Preocupados com as escolhas de cada dia.
P.S.: Buscando motivos para ser melhor.
Eu adoro seu blog!
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