No sítio com três aninhos |
Na época que meus pés desengonçados ainda calçavam sandálias com onze número a menos que hoje, minha grande meta era viajar de avião, abrir a janela da aronave e tocar as nuvens com as mãos. Ficava imaginando qual seria a textura. Se seria fofinha, parecida com o algodão que minha avó usava para limpar meus machucados ou maleável igual ao que era ilustrado nos episódios dos Ursinhos Carinhosos.
Mas antes mesmo que eu descobrisse que papai noel era apenas um personagem fictício, soube que as nuvens, tão lindas de serem apreciadas daqui, não passam de uma espécie de fumaça.
Depois continuei encantando-me por outras novidades e também perdendo alguns de tais encantos com a chegada das experiências proporcionadas pelo passar dos calendários. Hoje continuo à procura daquilo que possa ser tão representativo quanto as nuvens eram há 22 anos.
Talvez baste voltar a usar a sábia inocência infantil e contentar-me com a simplicidade ou até mesmo com as companheiras dúvidas. Acho que vale a regrinha do roto termo "carpe dien" dentro do limite que nos cabe, claro.
Que o entusiasmo tenha motivo por existir.
P.S.: Queria não querer.
O importante é não perder o próprio encanto!
ResponderExcluirum abç
Um ótimo texto sem esquecer que essa época é a que realmente fomos felizes e não sabíamos...
ResponderExcluirUm foto dessa é de se apaixonar levando em consideração meu lado caipira de ser...
Muito sábia a sua conclusão Paty. Obrigada por passar por aqui.
ResponderExcluirE, Murilo, infelizmente a gente sempre aprende tarde o quanto somos felizes e não damos valor ao momento em questão.
Beijo aos dois.