A pilha deles tem durabilidade muito maior que a daquela das famosas pilhas amarelinhas. Eles acordam antes que todo mundo, pulam, fazem festa, inventam brincadeiras (nas quais somos convidados a participar) e quando estamos esgotados, aquelas cabecinhas pensantes logo sugerem outra atividade daquelas que exigem muita energia. E na hora de dormir dá vontade de procurar o botãozinho de desligar a fonte de tanto pique.
Eles fazem arte, são sapecas, nem sempre aceitam respostas negativas e até fazem birra na tentativa de nos convenceram a ceder um pouquinho. Levam bronca e não guardam mágoas, amam com sinceridade, tem os melhores sorrisos e os mais confortáveis abraços do mundo e vivem nos surpreendendo com tamanha esperteza e inteligência, as quais muitos adultos não tem.
Sem contar que o tempo todo somos exemplos para eles. Temos que conter os palavrões, adaptar o jeito de falar, aproveitar cada acontecimento para ensinar algo novo e responder aquelas famosas perguntas cabeludas que sempre aparecem e nos pegam de surpresa.
Ah, eles tem vontade própria na hora de escolher a roupa, o destino do passeio e tem tanta sinceridade que, por vezes, nos fazem passar vergonha: se é feio é feio, se é ruim é ruim ou se não gostam não gostam. Hoje mesmo, enquanto passava repelente numa pequena linda de apenas seis anos, ouvi a seguinte frase: "nossa, Lu, seus filhos vão ser muito sortudos porque você vai ser uma ótima mãe". Não consegui ter outra reação além de sorrir e caprichar ainda mais na aplicação do creme contra pernilongos.
Sei que muitos pais identificaram-se e eu, mesmo ainda não sendo mãe, já entendo bem esse famoso jeitinho peculiar das crianças. Já fui "boadrasta" e presenciei todo o conteúdo acima e muito mais. Na hora de sair não basta pegar a bolsa e sair, tem a mamadeira, a roupa para o caso de fazer frio ou de cair sorvete na roupa, tem o leite, a fralda para a noite, a fralda para o nariz, o remédio, o brinquedo favorito, a chupeta, a água; porque pode dar sede no meio da caminho, e uma série de outros itens por precaução. Além disso sempre tive primos pequenos e os tenho ainda hoje. Vários deles já torcem para quando faço faxina no meu armário porque já usam o mesmo tamanho de roupa que eu.
Não sei como é não ser querida por crianças, não fazer amizade com elas dentro de um ônibus ou deixar de passar os fins de semana como babá dos priminhos. Só sei que viver sem os pequeninos por perto deve tornar a vida incompleta.
P.S.: Desejo que sejamos simples, sinceros e poços de amor, igual às crianças.
Passando pela net encontrei o seu blog, estive a folhear achei-o muito bom, feito com muito bom gosto.
ResponderExcluirTenho um blog que gostava que o conhecesse e se desejar faça uma visita ao peregrino E Servo
Que haja paz e saúde no seu lar.
Sou António Batalha.
Obrigada pelo elogio, Antônio. Tenho certeza de que irei visitar o seu blog também, viu?
ExcluirGrande abraço e fique com Deus.