Essa é a máxima que aprendemos com nossas mães e avós. Por falar em avó, ontem mesmo ouvi a minha reclamar que não tinha motivo algum para comemorar as bodas de ouro. Isso porque o casamento dela com meu avô é o mais típico exemplo de relacionamento onde o machismo predomina. Ela é a típica "Amélia" que faz de tudo para o marido e eu, nascida cerca de cinquenta anos depois dela estou longe de seguir o exemplo, o que não é motivo de desagrado entre nós duas, viu? Ela incentiva para que eu faça justamente o oposto do que fez durante toda a vida e diz ainda que mulher tem mesmo que fazer testes e se divertir antes de casar que é pra não arrepender-se depois.
Elas queimaram os sutiens, encurtaram as saias, conquistaram o direito ao voto e ao trabalho também. Dirigem caminhões, equilibram-se em saltos, matam baratas e até abrem potes de azeitonas sozinhas. Tudo isso pra que? Tudo bem, confesso que sou machista e que, pra mim, homem tem que trocar lâmpada queimada, tirar o lixo pra fora e nem me venha com essa mania de filhinho mimado que quer tudo na mão.
Se eles podem ir ao futebol com os amigos, nós também podemos ter atividades semanais que não sejam restritas ao supermercado ou ao salão de beleza. Se eles podem admirar as gostosas pelas ruas, também podemos olhar os bombadões com cantinho de olho. Por que não? Não era para que os direitos fossem iguais?
Em vez disso, temos que
nos virar com jornadas triplas de trabalho, cuidar dos filhos, da casa,
cozinhar quitutes deliciosos, resolver problemas na empresa e ainda por cima
estarmos sempre com a beleza em dia. E tem o desempenho sexual. É aí que entra
a puta na cama e, para não deixar a desejar, as aulas de strip-tease e pole dance
estão na última moda e com turmas enormes de mulheres tentando aprender a
despertar a devassa que mora dentro delas.
Apesar de todo esse
desempenho de artista de circo corremos o risco de sermos trocadas por qualquer
desocupada que apareça. Vai por mim, já fui casada, confiava no meu taco e fui
traída. O argumento? De que os homens traem por instinto e com a maior cara de
pau, eles ainda usam os estudos científicos que comprovam tal fato, como muleta.
Quando o homem trai, há muitas mulheres que relevam, mas se a parceira tiver
envolvimento extraconjugal, ferrou. Não existe machão que entenda.
Então torno a
perguntar, onde é que estão os tais direitos iguais?
A lista de vantagens
para homens em relação às mulheres é imensa. Eles podem ganhar barriguinha,
cuidar pouco dos cabelos, os salários ainda são mais altos, falar sobre sexo
não é pecado e tomar cerveja muito menos. Você que acompanha o texto deve ter
elencado uma série de outros fatores. Posso apostar.
Eu continuo aqui,
incrédula em relação à igualdade, porém um pouco menos descontente por
constatar que nossa geração avançou um bocadinho em relação às nossas
"Amélias" avós.
P.S.: Contagem regressiva. "Nem o prego aguenta mais o peso deste relógio".
Não sou machista, Lu. Nunca fui. Mas, como estudei Direito, entendo hoje que as pessoas não são iguais. Portanto, direitos nunca serão iguais. Temos de dar, isto sim, o justo a cada um. Vide a cobrança de impostos para pobres e ricos, só pra ficar na prateleira da economia. Ou então a licença-maternidade. Mulher fica 5 meses em casa, afinal ela pariu uma criança. Homem? Sete dias e está bom demais para o papai!
ResponderExcluirHomens e mulheres são completamente diferentes, principalmente nos relacionamentos. E a genética e a biologia, gostemos ou não, influencia no comportamento. Longe de mim minimizar a falta de caráter, que também conta! Todos temos escolha!
Se homem pode trair e beber cerveja, mulher também. Mas, cá entre nós, acho o fim do mundo mulher que trai, sai paquerando todo mundo na rua e fica bebendo cerveja em boteco. Não é por isso que vocês devem lutar. Também acho horrível homem descuidado e sem vergonha, crente de que a mulher tem que aturar. O pior é que tem mulher que atura, só pra não ficar sozinha.
O importante é repensarmos esse papo de machismo. Feminismo, dependendo da circunstância, também é discurso vazio. Nunca seremos iguais. Graças a Deus!
Temos de celebrar a diferença e entender que a cada um de nós, homens, mulheres, héteros, gays, cabem papéis distintos. Às vezes, parecidos, principalmente no que se refere a direitos e deveres. Mas dificilmente idênticos. Viva a diferença! Desde que não façamos disso um palanque para o conservadorismo. E chegamos, de novo, naquele tal de equilíbrio, né? Bjo!
Rô, entendo, aceito e respeito as diferenças naturais que são peculiares a cada um de nós, mas o que "contesto" é o grau de diferença do que é considerado justo para homens, mulheres, gays e heteros.
ExcluirObrigada pela comentário.
Beijão