Seo Zeca, poço de paciência |
Quando criança, eu não saía do colo dele e enquanto ele estava fora para trabalhar, eu sempre dava um jeitinho e, sem que ninguém visse, ficava abraçada a uma roupa qualquer dele pra matar a saudade.
Depois que a adolescência bateu à porta, nós tínhamos pontos de vista muito diferentes e, por vezes, passávamos dias sem nos falarmos. Mas o coração de um dos dois sempre amolecia e as briguinhas bobas acabavam ficando pra trás.
Na entrada da fase adulta, bastava que sentássemos juntos no sofá da sala pra que começassem conversas longas sobre política, telejornal ou futebol.
Com o passar do tempo, tudo foi mudando, o único aspecto que ficou sem sofrer um pinguinho sequer de alteração foi o amor que sinto por ele.
Foi com o meu pai que aprendi a ser pontual e a saber que ouvir música sempre nos ajuda a pensar um pouco menos nos problemas. Foi ele que me convenceu de que xaropes caseiros são mesmo eficazes e graças a ele entendi que a gente precisa dar valor apenas a quem faz questão da gente.
P.S.: Como o frio é espaçoso!
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