Tenho achado muita graça da vida e não há dúvidas de que ela também tem se divertido comigo, afinal de contas, não deve ser todo dia que aparece uma louca que se imagina madura a ponto de se deliciar tanto com o próprio riso quanto com o próprio choro.
Cansei de levar uma vida composta por substantivos e adjetivos negativos em vez de verbos conjugados no tempo da vontade presente. Hoje, o que me deixa mais feliz é perceber que os motivos para estar feliz não partem de lá, mas daqui e, se voltam de lá é uma simples e deliciosa conseqüência.
Acabei de imaginar-me sentada na terceira carteira, perto da parede, com as pernas suspensas do chão e dobradas uma sobre a outra. Uma caneta prendendo o cabelo e outra na mão para anotar rapidamente todas as fórmulas. Era assim que ficava no colégio e foi lá que aprendi a Terceira Lei de Newton. Aquela da "ação é igual a reação", lembra? Pois é, meu caro Newton, penso que na nossa vida nem sempre é assim. A intensidade da ação nem sempre é igual a da reação (ainda bem, porque saber reagir é evoluir) e também não há garantias de que a reação virá, ao contrário do que ocorre na FÍsica.
Não há garantia de que vamos receber de volta o afeto, a felicidade ou a paz de espírito que cultivamos e dividimos, mas se a sensação em si for verdadeira, não há como ser ruim.
P.S.: "Quando um certo alguém..."
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