quarta-feira, 3 de abril de 2013

É O MEU PONTO DE "VISTA"

Identidade, cada um tem a sua
Há uma frase que gosto bastante, a qual diz que somos apenas a ponta do nosso próprio iceberg e acho que dificilmente conseguiria encontrar definição melhor esse alguém de quem meus dedos desejam falar.

Quem o conhece como amigo nem sempre percebe que por trás dos sorrisos largos e das piadas diárias há um homem que, por insegurança esconde a sete chaves as próprias fragilidades. Já quem o conhece como profissional emana, mesmo que involuntariamente, admiração. Isso porque são muitas as conquistas pra lá de significativas e que chegaram de forma justa, com empenho e sem usar colegas de trabalho como escada (como muito se vê por aí).

Tem quem o conhece da igreja e não enxerga que, no mesmo bom moço que dá conselhos,  canta e domina as cordas do violão, mora um ser ansioso, cheio de dúvidas e incertezas que o fazem roer as unhas a cada meio minuto. Quem o vê encontrando soluções criativas semanalmente sequer imagina que ele perdeu o pai quando tinha apenas um ano de idade, morou de favor e, em determinado momento, mesmo sendo pequeno e sem ter casa fixa, era o pilar que sustentava a mãe que hoje o paparica.

Ele coleciona prêmios, tem um coração gigantesco e é lindo tanto por dentro quanto por fora, mas a baixa auto-estima ainda não permitiu que ele reconheça o quanto essas qualidades são significativas.

Faz dos hotéis a sua moradia semanal, diz não incomodar-se com a solidão, mas ganha o dia quando uma criança simpatiza com ele e lhe faz companhia por alguns segundos. Diz que não sabe falar "não", mas desconfio que começou a aprender.

Importa-se com a opinião alheia muito mais do que deveria e tem mania de sentir-se culpado ou responsável pelos males comuns ao mundo. Faz a diferença positiva cumprimentando e dando atenção a quem não conhece, coleciona pintas inconfundíveis pelo corpo, tem prazer em palestrar e em dar aulas, e não tem muita tolerância com gente ignorante por acomodação.

Adora assistir entrevistas, cinema e toma leite até quando come pizza. Tem bom gosto para escolher os sapatos que calça, não vive sem telefone e internet, dorme abraçado a um travesseiro, tem memória curtíssima e coça a cabeça sempre que está diante de uma dúvida ou situação inusitada que o faça refletir.

Durante muito tempo foi o mesmo de sempre, foi o que esperavam que ele fosse, e agora a vida o força a dar começo a metamorfoses e a sair do que antes era cômodo, mas nada confortável, para permitir-se a ser ele mesmo: um guerreiro que comete erros e acertos.

P.S.: Todo mundo é uma caixinha de surpresas!

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