domingo, 4 de dezembro de 2011

DÚVIDAS, NOSSAS COMPANHEIRAS

Diversão de domingo no sítio
Logo na infância começamos a vida cercados de dúvidas, de incertezas e da necessidade de respostas para decifrar aquilo que nos cerca.

Quando criança, cheguei a ser apelidada como "menina do piolho". Aqui em Araçatuba o termo significa alguém persistente, curioso. Eu era cheia dos pontos de interrogação. Queria saber a serventia de tudo, adorava ouvir a conversa dos adultos, ainda mais de fossem bem mais velhos e tivessem histórias de vida para contar.

Já na adolescência, as dúvidas que chegam são as do autoconhecimento. Quem sou eu? Qual profissão devo escolher? Como é o primeiro beijo? Como decido meu voto político? Será que vou passar no exame de habilitação? Por que amar dói? Preciso mesmo aprender Química?

No momento que a fase adulta chega e imaginamos que os questionamentos vão passar, eles apenas passam a ser outros, mas não nos abandonam. Apesar disso, certas das respostas chegam, geralmente em algum momento fulgaz ou doloroso e nós podemos usá-las com otimismo ou pessimismo. Acabamos percebendo que, com o passar dos anos, elas norteiam para onde vamos e moldam quem somos.

Chega uma fase na qual percebemos que a capacidade de conviver com as dúvidas determinam o nosso grau de evolução e intelectualidade. Chegamos a conclusão de que nem tudo precisa ter ou tem resposta e, além disso, nem sempre estamos preparados para enxergá-las ou compreendê-las. Aceitar isso é viver em paz.

P.S.: Ouvindo a trilha do filme Central do Brasil, matando a saudade do piano e viajando por caminhos aos quais permiti que pouquíssimas pessoas estivessem comigo. Venha, segunda-feira. Não se demore porque 2012 tem pressa em chegar.

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